quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Caso Madonna: Juvenal promete rasgar o verbo contra FPF


O “Caso Tardelli” ou também conhecido como “Caso Madonna” tem mais um capítulo programado para esta quarta-feira. Às 17 horas, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio (foto), vai prestar depoimento sobre a suposta tentativa de manipulação de resultados denunciada pelo presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, às vésperas da última rodada do Campeonato Brasileiro, quando o são Paulo pegaria o Goiás.

O depoimento vai acontecer na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em São Paulo. O dirigente pretende apenas confirmar o que já é de conhecimento público. Realmente o clube enviou à FPF 11 ingressos para a entidade: sete para pó vice-presidente Reinaldo Carneiro Bastos e quatro para Lílian Cardoso, secretária do presidente Marco Polo.

A direção do São Paulo já manifestou sua total insatisfação contra a atitude de Marco Pólo, que agiu contra os interesses de seu filiado. Além disso, pesa contra o dirigente da FPF, o fato de fazer uma denúncia sem provas e sem consistência. O que poderiam significar 11 ingressos? Onde apareceu o nome do árbitro Wagner Tardelli?

Fofoquinha absurda
Marco Polo, embora seja um advogado experiente em termos criminais, viu uma suposta manipulação após saber que no envelope dos ingressos haveria o nome de Tardelli. O início da confusão teria surgido quando a secretária Lílian Cardoso comunicou o fato ao próprio presidente.

Este teria chamado a sua assessora de imprensa, Isabel Tanesse, para averiguar os fatos. Daí teria surgido a “conspiração” contra a arbitragem de Tardelli. A assessora de imprensa, no passado, já ganhou espaço na mídia nacional por ter seu nome envolvido numa suspeita de desvio de verba no Ministério de Esportes. Mas ela faz parte de uma grande engrenagem formada por assessores e dirigentes da FPF que não têm conhecimento ou vivência no futebol.

O afastamento do árbitro deste jogo decisivo foi a primeira conseqüência. Considerando-se o maior prejudicado nesta história absurda, “sem pé e sem cabeça”, Tardelli promete acionar na justiça Marco Pólo e a FPF “porque minha imagem ficou manchada”. No Rio de Janeiro, Sérgio Corrêa, perdeu mais cedo o cargo de Presidente da Comissão Nacional de Arbitragem por ter participado da "farsa".

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, estaria "p" da vida com Marco Polo por ter tirado o brilho do Brasileirão, cuja competição teria superado todos os índices técnicos e de arrecadação, desde a adoação de dois turnos, em 2003. Por ironia do destino, com supremacia paulista, que só não levantou a taça em 2003, com o Cruzeiro. Foi campeão com o Santos, em 2004, Corinthians, em 2005, e São Paulo, em 2006, 2007 e 2008.

O São Paulo quer punição
Além do árbitro, que deseja tudo passado à limpo, a direção do São Paulo exige uma punição exemplar para Marco Polo (foto), que pode ser suspenso por 360 dias. Seria o primeiro passo para seu afastamento do cargo, embora ele tenha manipulado a legislação e se garantido até 2014 (ainda não acabou 2008). O tricolor, hexacampeão brasileiro, ameaça esvaziar o Paulistão colocando um time misto e priorizando a Copa Libertadores da América.

O clube já tinha se sentido prejudicado no Paulistão 2008, quando ocorreu um incidente nas semifinais. No jogo contra o Palmeiras, no Palestra Itália, uma bomba de gás de pimenta foi liberada nos vestiários do São Paulo, que não pode voltar para o local durante o intervalo do jogo. O caso acabou em pizza. O delegado do 23.º Distrito, que comandou a apuração dos fatos, acabou ganhando uma vaga no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Paulista.

À parte toda a confusão armada por Marco Polo, os shows da Madonna no Morumbi atraem multidões. Ela fará três exibições na capital paulista, na sexta-feira, sábado e domingo. E espera tomar muita chuva.

Agência Futebol Interior

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