Foi uma noite para os atleticanos esquecerem. O Galo deu mais um vexame no ano do centenário, e conheceu a primeira derrota no Campeonato Brasileiro. E foi de goleada, com o time alvinegro levando quatro gols só no primeiro tempo. O São Paulo não teve muita dificuldade para ganhar por 5 a 1, neste sábado, no Morumbi. Hugo (2), Hernanes, Joílson e André Dias marcaram para o Tricolor. Coelho descontou para os mineiros.Foi a segunda vez que o Atlético levou de cinco no ano em que completa 100 anos. Antes, o Galo fora goleada pelo Cruzeiro, por 5 a 0, na primeira partida da decisão do Estadual. Ficou evidente que o técnico Alexandre Gallo, que até então tinha conquistado um empate e um triunfo à frente da equipe, terá de trabalhar muito para acertar a equipe. Entretanto, com poucas opções, não dá para combater a limitação técnica do grupo.O Atlético reabilitou o São Paulo, que venceu pela primeira vez neste Brasileiro, depois de quatro rodadas. O Tricolor ultrapassou o próprio Galo na tabela. Ambos estão com seis pontos, mas os paulistas levam vantagem no saldo de gols. Na próxima rodada, o alvinegro enfrentará o Ipatinga, quinta-feira que vem, no Mineirão, com a obrigação de se recuperar diante da torcida.
O vexame08
Logo no começo, o São Paulo deixou claro que daria o máximo para interromper a má fase. O Tricolor partiu para cima e sufocou o Galo nos instantes iniciais. Mesmo com três zagueiros, o alvinegro não conseguia segurar o ímpeto do time paulista. O problema era a lentidão dos volantes Rafael Miranda e Renan, sempre atrasados no combate.Além da dificuldade para conter o ataque são-paulino, o Atlético não conseguia coordenar as jogadas ofensivas. Petkovic buscava jogo, mas ninguém aparecia para as tabelas. Os alas Coelho e Thiago Feltri também não eram notados. Pouco passavam do meio-campo. Com isso, a dupla Almir e Renan Oliveira não era abastecida. Os dois só faziam número em campo, diante da inércia geral. O São Paulo conseguiu, aos poucos, transformar a superioridade em gols. E eles foram saindo um atrás do outro. Aos 8min, Hernanes limpou o lance e disparou da entrada da área. Adiantado e mal posicionado, Juninho aceitou. Quatro minutos depois, os defensores vacilaram e Joílson chutou à esquerda do goleiro, fazendo 2 a 0. Perplexos, os atleticanos ainda viram o adversário ampliar, aos 15. Borges tabelou com André Dias, que invadiu a área e tocou com categoria. A impressão era de que o jogo já estava liquidado. Mas o São Paulo não parava de atacar, queria mais. O técnico Alexandre Gallo não hesitou em mexer, com menos de 25min. E foram logo duas substituições. Welton Felipe, que já recebera cartão amarelo, deixou o campo para a entrada do volante Serginho. Ao mesmo tempo, Thiago Feltri cedeu lugar ao estreante Beto. O objetivo era reforçar o meio, liberando Coelho para o ataque. As substituições surtiram efeito por alguns minutos. Aos 32, na primeira chegada efetiva do Galo, Coelho arriscou o chute e Rogério Ceni catou. Mas o São Paulo continuou em cima, não dava chance. E praticamente liquidou a parada com o quarto gol, aos 38min. Jancarlos cruzou da direita e Hugo, sem marcação, teve tranqüilidade para cabecear no canto direito. Foi um primeiro tempo de pesadelo para os atleticanos. Os jogadores desceram cabisbaixos para o vestiário.
Mais um
No intervalo, a ‘bronca’ do técnico Gallo até acordou o time. No segundo tempo, logo aos 40s, Coelho cruzou da direita e Almir quase marcou. Mas foi muito pouco para assustar o São Paulo. Mesmo com ritmo contido, o Tricolor tinha total domínio da situação. Aos 10, Gallo mexeu novamente, com Gedeon substituindo Almir, que pouco tocou na bola. O jogo ficou mais aberto. Com Beto pela direita, o alvinegro ganhou mais opções de ataque. O problema é que Petkovic não tinha com quem tabelar. Faltou mais criatividade e qualidade no burocrático meio-campo atleticano. Mais na base da luta, o Atlético conseguiu descontar, aos 25. Novamente, como em jogos anteriores, o gol saiu depois de cobrança de falta. Renan chutou na barreira, Coelho pegou o rebote e arrematou. A bola desviou em Aloísio e traiu Rogério Ceni. O Galo melhorou e saiu em busca de mais, nem ligando para o fato de ficar exposto aos contra-ataques. A ordem era atacar, para pelo menos reduzir a vantagem são-paulina. Esperto, percebendo a intenção do Atlético de atacar, o técnico Muricy Ramalho pôs em campo o veloz Éder Luís, ex-Galo. Mas o Tricolor só queria subir na boa, esperando dar o bote nos contragolpes. Vinícius e Renan Oliveira ainda ameaçaram o gol de Rogério Ceni, mas sem sucesso. No fim, aos 39, veio o que nenhum atleticano gostaria de ver. O time levando cinco gols em mais uma partida no ano do centenário. Hugo limpou e chutou cruzado, fechando o vexame dos mineiros no Morumbi.
Fonte: Portal Uai


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