Desde a inauguração do estádio Maria Lamas Farache - o Frasqueirão, em janeiro de 2006, o ABC conseguiu colher bons frutos no futebol. Foram dois títulos estaduais conquistados, incluindo o de número 50 em sua História, além do acesso à Série B com apoio fundamental da torcida. Apesar da ótima condição do gramado e uma estrutura elogiada por profissionais de todo Brasil, a capacidade máxima de 16 mil torcedores já não é suficiente para comportar, em sua totalidade, a torcida de massa do Alvinegro, que sempre marca presença em grande número. O fato pôde ser comprovado no duelo entre ABC e Corinthians, pela 3ª rodada da Série B, quando os ingressos se esgotaram com três dias de antecedência à partida. Milhares de torcedores abecedistas e corintianos tiveram que se contentar em assistir o jogo pela televisão. Naquela semana, o ABC pretendia colocar 18 mil ingressos a venda, mas uma inspeção do Corpo de Bombeiros a pedido do Ministério Público reduziu a capacidade para 16 mil espectadores, seguindo as normas de segurança nacional. Mas, segundo o presidente Judas Tadeu, o ABC contratou o serviço de engenheiros de segurança com o objetivo de provar ao MP que o estádio pode oferecer conforto a mais 2 mil espectadores. Para evitar mais problemas como este, no futuro, e poder levar um número maior de representantes da “Frasqueira”, que em outros tempos chegaram a colocar quase 50 mil pessoas no Machadão, Judas Tadeu solicitou ao arquiteto do Maria Lamas Farache, Gley Carlys, em parceria com os engenheiros Joacir Araújo e Paulo Tarcísio, um projeto de ampliação da capacidade do estádio.De acordo com Gley Carlys, o projeto contempla a união dos módulo de arquibancadas, preenchendo os espaços vazios existentes entre eles. Nas duas quinas situadas ao lado oposto à Rota do Sol, a capacidade prevista será para 1.800 pessoas cada. Nas outras duas quinas, a capacidade será um pouco mais reduzida: 1300 torcedores cada, devido aos portões A e C, que precisarão ser mantidos. Esse projeto aumenta em cerca de 6 mil espectadores a capacidade do Frasqueirão.“Para tal, precisaremos afastar as torres de iluminação para trás. Levantaremos novas torres de concreto, mas aproveitaremos as luminárias já existentes”, explicou Gley Carlys.Essas obras custarão aos cofres do ABC de R$ 300 a 400 mil por novo “mini-módulo”, que serão quatro ao todo, resultando um total de R$1,5 milhão, aproximadamente. O presidente Judas Tadeu informou que no período máximo de 15 dias receberá o projeto concluído, das mãos dos arquitetos e engenheiros para, em seguida, dar início as discussões, visando a captação dos recursos necessários. “No momento, o ABC não tem condições de arcar com essas obras, assim como fez na construção dos módulos 3 e 4, quando o clube financiou tudo. Precisaremos buscar a ajuda das iniciativas privadas, sócios, conselheiros e demais parceiros. O Náutico conseguiu a ampliação do Estádio dos Aflitos apenas com o apoio da iniciativa privada.”, afirmou Judas. Conseguido os recursos, o presidente do ABC pretende dar início as obras antes do término deste ano, para que no primeiro semestre de 2009, o Frasqueirão esteja com os espaços entre as arquibancadas totalmente fechadas. “As obras não atrapalharão em nada a realização dos jogos do ABC em seu estádio, além de não colocar em risco a segurança do torcedor”, garante Paulo Tarcísio, engenheiro responsável pela execução do projeto. Já para o próximo mês, será dado início a construção da cobertura das bilheterias do estádio, que será em formato de bandeira, em alusão ao “bandeirão” da torcida.
Fonte: Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário