quarta-feira, 18 de junho de 2008

Brasil encara maior rival para mandar crise longe ou mergulhar nela


Nada mais adequado do que um jogo contra o principal rival, dentro do conforto de seus domínios, para o Brasil ter a oportunidade de mandar para a longe a ameaça de crise que se ensaia no grupo comandado pelo técnico Dunga. As duas seleções mais tradicionais da América do Sul se enfrentam em Belo Horizonte nesta quarta-feira, às 21h50 (horário de Brasília), em jogo válido pela sexta rodada das eliminatórias para a Copa-2010.

Com cenário de crise esboçado, a seleção vem de derrotas em amistoso com a Venezuela (a primeira na história para o modesto adversário do continente) e para o Paraguai, na última rodada das eliminatórias. Com dois placares desfavoráveis de 2 a 0 seguidos na conta, o Brasil ainda amarga mais de 180 minutos de jogo sem um gol marcado sequer. Após o revés de domingo em Assunção, o time de Dunga chega ao jogo com os argentinos com o perigo de deixar a zona de classificação ao Mundial da África do Sul, entre os quatro primeiros. Hoje, pelo menos momentaneamente, o Brasil aparece fora desse pelotão, em 5º lugar, com cinco pontos de desvantagem para o líder Paraguai e ainda atrás de Argentina, Colômbia e Uruguai (esse último já atuou na rodada e tem uma partida a mais). "Nunca é bom perder, principalmente do jeito que a gente perdeu no Paraguai, num jogo que poderíamos ter saído com a vitória. Mas temos um clássico aí pela frente para tentar reverter essa situação. Nada melhor do que isso", comentou Robinho. Para completar o panorama tenso, ainda agita o ambiente a situação mal resolvida de Kaká, em caso de desgaste para Dunga. O melhor do mundo de 2007 ficou de fora dos jogos das eliminatórias após um polêmico corte decidido pela comissão técnica, que não projetava ver o astro em condições de jogar depois de uma recente e simples cirurgia de joelho. No começo da semana, o jogador do Milan deu declarações fortes a respeito de 'gente que joga contra dentro do grupo', em mais um episódio do imbróglio do time e seu mais destacado nome da atualidade."Não vi nada que o Kaká falou. Estou muito focado no nosso trabalho e acredito que não exista nada que possa complicar dentro do grupo. O que vejo de problema é que perdemos os dois últimos jogos", minimizou Júlio Baptista, que pode ser uma novidade do time nesta quarta. Por fim, um eventual revés no Mineirão ainda colocaria pressão adicional no projeto olímpico da seleção, a próxima missão da comissão técnica. Depois do jogo desta quarta com a Argentina, Dunga e companhia se voltam para a disputa dos Jogos de Pequim em agosto.Mas, talvez para sorte do Brasil, o adversário do jogo desta quarta-feira em Belo Horizonte também não atravessa momento dos mais favoráveis e chega ao clássico em meio a cobranças. Nos últimos dois compromissos pelas eliminatórias, a Argentina foi derrotada pela Colômbia, ainda em 2007, e cedeu empate em casa ao Equador, no final de semana passado. "Temos a mesma pressão do Brasil, mas não importa como as duas equipes chegarão para esta partida. Para nós não importa o que se passa com o Dunga, mas sim sair daqui com vitória", declarou o meia Riquelme na chegada a Belo Horizonte, na terça.


Os times


Dentro de campo, brasileiros e argentinos devem apresentar mudanças em relação aos times utilizados na rodada anterior das eliminatórias. Nos donos da casa, a expectativa é de que Dunga faça alterações no meio-campo, setor que vem apresentando imensas dificuldades de acerto.No último treino antes do clássico, o treinador testou Anderson e Júlio Baptista entre os titulares, nas vagas de Josué e Diego, que saíram jogando contra o Paraguai. Por sua vez, a Argentina vem a Belo Horizonte com a baixa confirmada de Demichelis, suspenso. O experiente Verón, lesionado, também é desfalque. Finalmente, Mascherano luta contra uma contusão e ainda é dúvida. Com esse quadro, a expectativa é que o técnico Alfio Basile promova as entradas de Coloccini na zaga e de Gago no meio-campo. Os argentinos treinaram toda a semana com portas fechadas, sem revelar pistas ao adversário sobre como pretende jogar no Mineirão. Mesmo assim, a imprensa do país especula que Julio Cruz pode ganhar a vaga de Agüero no ataque, ao lado da estrela Messi.


Data: 18/06/2008 (quarta-feira)

Horário: 21h50 (horário de Brasília)

Local: estádio Mineirão, em Belo Horizonte

Árbitro: Oscar Ruiz (COL)


Brasil

Júlio César; Maicon, Juan, Lúcio, Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Anderson (Josué), Júlio Baptista (Diego); Robinho e Luís Fabiano Técnico: Dunga


Argentina

Abbondanzieri; Burdisso, Coloccini, Heinze; Javier Zanetti, Gago, Mascherano, Maxi Rodríguez, Riquelme; Messi e Agüero (Julio Cruz) Técnico: Alfio Basile


Fonte: UOL

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